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Sete projetos mostram como uma reforma bem planejada revoluciona e dá vida nova à casa

Sete projetos mostram como uma reforma bem planejada revoluciona e dá vida nova à casa
admin
Publicado em29/09/2020
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Sete projetos mostram como uma reforma bem planejada revoluciona e dá vida nova à casa

“Foto: Sidney Doll| Foto: SIDNEY DOLL”

Quem mora há muitos anos em uma mesma casa ou visita imóveis usados para comprar ou alugar muitas vezes não consegue perceber todo o potencial contido entre suas paredes. Afinal, não é tarefa fácil para olhos destreinados abstraírem o impacto que um revestimento datado ou cômodos sem iluminação causam para enxergar ali possibilidades de melhoria.

Mas há casos, e não são poucos, em que investir tempo, dinheiro e paciência em uma boa reforma gera resultados incríveis, que garantem personalidade, conforto e uma nova vida aos espaços. É o que demonstram, por exemplo, os sete projetos apresentados abaixo. Executados em imóveis de diferentes padrões e com orçamentos e estilos distintos, eles aproveitaram e destacaram o que os imóveis tinham de melhor por meio da repaginação dos ambientes.

 

“Para reformar um imóvel é preciso planejamento. É necessário avaliar os pontos que os moradores gostariam de manter, identificar problemas e destacar quais são suas necessidades: questão funcional, mais armários, um espaço mais amplo, iluminado”, sugere a arquiteta Ana Yoshida.

Contar com o auxílio de um profissional habilitado e experiente para pensar nas melhores soluções para elas é outra dica de ouro. “As pessoas têm acesso a referências na internet, podem ter muita informação, mas se não souberem aplicá-las isso de nada adianta. É preciso pensar no todo, se o tapete combina com a cortina, que combina com o sofá”, acrescenta a arquiteta Mabel Furlanetto.

Lazer em família

Rafael Renzo

Dar vida à uma área externa praticamente abandonada foi o desafio enfrentado pela arquiteta Carmem Avila durante a reforma de uma casa de cerca de 300 m² dos anos 1950, localizada em São Paulo. Para tornar real o desejo dos clientes (um casal com uma filha) de tomar sol e aproveitar os dias ao ar livre, todo o projeto foi pensado para integrar o imóvel de dois pavimentos e construído em um terreno em declive ao jardim dos fundos.

Para isso, a arquiteta abriu a janela e instalou uma porta em vidro que se abre para uma laje de concreto aparente. Além da vista, a nova estrutura proporciona acesso ao jardim por meio de uma escada e de uma rampa lateral (já existente e reformada). “A laje serve de terraço e de cobertura, pois abaixo dela está instalada a área da churrasqueira, com cooktop, geladeira e todos os demais equipamentos para que funcione independentemente da cozinha”, explica Carmem.

Foto: Rafael Renzo

A piscina é outro elemento decorrente da reforma. Desenhada para o projeto, ela tem raia de cerca de 17 m, ‘prainha’ e spa (com seis jatos de hidromassagem) e é revestida com pastilha cerâmica. Seu entorno ganhou espreguiçadeiras e revestimento em quartzito branco, pedra resistente e de fácil manutenção, como explica a arquiteta. “Por ser uma pedra rústica ela ainda se integra à natureza”, destaca. O paisagismo é assinado em conjunto com Priscila Bruno e destaca as espécies com ares tropicais. Os muros foram pintados propositalmente de verde para que se ‘fundissem’ ao jardim e um painel em madeira esconde a vista do vizinho.

O orçamento da reforma ficou em torno de R$ 250 mil, especialmente devido à necessidade de escavação da piscina e incluindo todos os equipamentos da churrasqueira; o tempo de obra foi de cerca de cinco meses.”

Aproveitamento de espaço

Soluções inusitadas e otimização do aproveitamento do espaço resumem o conceito do projeto de reforma da cozinha assinada pela arquiteta Carolina Portes. A primeira delas refere-se à integração do ambiente com as áreas de jantar e estar a partir da abertura da parede, que recebeu uma bancada para refeições rápidas (e que também serve de apoio ao jantar), sob a qual foi instalado um armário sob medida. “Abrindo a parede da cozinha trouxemos mais claridade para o apartamento. A integração era um pedido do casal, que gosta de receber”, explica.

Foto: Eduardo Macarios

Como o imóvel era antigo, com pelo menos 40 anos, as instalações elétricas e hidráulicas foram refeitas. A janela foi substituída por uma esquadria antirruído e o revestimento, bastante datado, foi atualizado com a instalação de pastilhas cerâmicas nas paredes e porcelanato no piso (o mesmo aplicado nas demais áreas sociais do apartamento).

O “antes” da cozinha demonstra o aspecto datado do ambiente. Foto: Arquivo pessoal

O pulo do gato, no entanto, está ‘escondido’ nos detalhes. A porta de serviço foi isolada internamente por um painel de madeira, à frente do qual foi instalada a geladeira. Ao lado dela, um nicho móvel, que compõem a adega, esconde o quadro de luz do apartamento. A antiga dependência de empregados, por sua vez, deu lugar à despensa.“O banheiro da empregada virou uma nova suíte no apartamento. O espaço restante do cômodo se transformou na despensa (de 0,8 m x 1 m), com saída para a cozinha e fechada por uma porta de correr com duas folhas em laca, sendo que a segunda delas dá acesso à lavanderia. Isso fez com que fossem necessários menos armários na cozinha”, detalha Carolina.

 

A obra teve duração de cerca de um mês e orçamento aproximado de R$ 45 mil, incluindo os eletrodomésticos.

Integrar pra viver

Lucas Ferreira

A integração das áreas sociais também foi o ponto de partida do projeto da sala de jantar assinado pela arquiteta Leticia Kunow para uma cobertura no bairro Rebouças, onde mora um casal com uma filha. Com base em tons de concreto, cinza e branco, o espaço em estilo atemporal é versátil, favorecendo o convívio familiar e a recepção de amigos e convidados, apreciada pelos moradores. “É uma sala de jantar para o dia a dia, e não apenas para ser usada em dias de festa”, reforça a arquiteta.

Assim, a mesa para oito lugares é o ponto focal do ambiente. Com tampo em vidro pintado e pés em madeira, ela ocupa o centro do espaço e tem ligação visual direta com a área da cozinha, delimitada por uma bancada. Do outro lado dela, o aparador laqueado na cor branca também traz tampo em vidro, mantendo a unidade do ambiente. Com seis portas, ele serve de apoio para a louçaria.

Foto: Lucas Ferreira

Os pontos de contraste ficam por conta da estante (com livros à mostra) e do colorido das obras de arte, assinadas pelo designer e artista alemão Henning Kunow. “O casal adora arte e está começando a investir nela. Então, a intenção com as obras não é somente trazer o equilíbrio de cor, mas elementos que os moradores apreciam”, destaca Leticia.

 

A iluminação, pensada para fazer com que o ambiente possa responder a diferentes cenários, traz spots sobre o aparador, que destacam as obras de arte, um pendente central sobre a mesa de jantar e um recorte no gesso no limite com a cozinha. O tempo de obra foi de cerca de 45 dias e o investimento custou cerca de R$ 36 mil.

Luz e cor

Foto: Sidney Doll

A remoção das paredes foi o ponto de partida da reforma executada pela arquiteta Ana Yoshida no apartamento Jardim Marajoara, como foi batizado, em São Paulo. Com isso, as áreas sociais do imóvel, residência de um casal com um filho adolescente, foram integradas e a sala ganhou uma charmosa bay window. “Antes ela ficava em um ambiente isolado, que era usado como escritório. Com a abertura, a sala foi expandida até ela e ganhou mais iluminação natural para a TV e o estar”, conta Ana.

O antes da sala

Logo abaixo dela, a marcenaria cria uma prateleira que apoia itens de decoração e um pequeno jardim de suculentas, que tira partido da abundante iluminação. O móvel se estende pela parede perpendicular e forma uma estante que abriga livros e a TV. “Ela ainda faz a divisão com a sala de jantar. Mas, como os nichos são vazados, delimita o espaço de forma permeável’, acrescenta a arquiteta.

O ambiente traz dois sofás para que os moradores possam receber as visitas de forma confortável. De frente para um deles, e de costas para a bay window, uma poltrona Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha, faz a vez de canto de leitura e traz bossa ao espaço.

Foto: Sidney Doll

Com base neutra e marcenaria e paredes brancas, a sala tem pontos de cor nos detalhes, em especial nas obras de arte, muito apreciadas pelos moradores e assinadas por artistas como Isabelle Tuchband e Cris Conde. No piso, a madeira cumaru assumiu o lugar da antiga cerâmica e contribui para aquecer o ambiente, cuja obra durou cerca de dois meses, com investimento aproximado de R$ 50,5 mil.

Repouso minimalista

Foto: Eduardo Macarios

O minimalismo característico dos ambientes orientais foi a base do projeto da reforma de uma suíte de 45 m² assinada pelo arquiteto Giuliano Marchiorato para um jovem casal. Localizado no Ecoville, o imóvel tem cerca de 15 anos e trazia uma ambientação clássica e um layout com potencial de ser melhor aproveitado.

“A suíte era muito dividida e o closet apertado e sem iluminação natural. Então, removemos a parede, ampliando o quarto e trazendo mais iluminação e arejamento para os armários”, detalha Giuliano. As antigas portas, que davam acesso à área de vestir e ao banheiro, foram substituídas por uma grande porta de correr espelhada (com 1,5 m de largura), que permite aos moradores se verem de corpo inteiro nestes ambientes.

O “antes” da suíte

Ainda dentro do conceito minimalista, a paleta de cores da suíte é baseada em tons pastel, branco e cinza, que destacam peças de design pontuais,como a poltrona Charles Eames, presente da mãe para a moradora, e as luminárias de mesa da Dsgnselo.

Foto: Eduardo Macarios

Além dos armários, instalados ao longo da parede cega que forma o corredor de entrada da suíte, a marcenaria branca aparece no móvel oposto a cabeceira da cama, com gavetões para peças pouco usadas no dia a dia. A cabeceira em linho, o carpet que substituiu o antigo piso laminado e os quadros que trazem fotografias assinadas pela moradora e por seu pai, famoso retratista curitibano, complementam a decoração. A reforma da suíte levou cerca de 60 dias e foi orçada em aproximadamente R$ 25 mil.

Nova cara com baixo custo

A dúvida sobre se vale a pena reformar um imóvel alugado costuma ser comum entre os inquilinos, afinal, a possibilidade de ter de deixar o imóvel é algo iminente nestes casos. No projeto de um quarto de bebê a arquiteta Mabel Furlanetto mostra que é possível renovar um ambiente com soluções práticas que tornam viável o investimento, mesmo que em um espaço de aluguel.

Foto Gislaine Soares

Pensado para a primeira filha de um jovem casal, o quarto tem nas paredes seu principal destaque. Antes na cor rosa champagne, elas foram pintadas com fundo branco e receberam uma camada no tom verde pistache até sua meia altura. A tonalidade foi escolhida, segundo Mabel, para compor com a plotagem do grande flamingo instalado na parede que recebe o berço, que também ganhou adesivos de samambaias.

“A pintura de meia parede é tendência e traz ritmo para o ambiente, deixando-o mais descontraído. A escolha do flamingo se deve à origem da mãe, que é chilena. A ideia é que ele fosse bastante presente no quarto e mantivesse esse ar de lembrança da família”, destaca a arquiteta.

Foto: Gislaine Soares

Com exceção do armário planejado, que já era do imóvel, todas as demais peças foram adquiridas novas. Entre elas estão os três nichos hexagonais que preenchem a parede sobre a cama. Feitos em marcenaria, eles foram pintados com o mesmo verde pistache das paredes.

“Ainda dentro da proposta de economizar e enxugar o orçamento, mantivemos somente um ponto de iluminação central. Mas instalamos um dimer para que os pais possam controlar a intensidade de luz no quarto, o que é uma boa solução para um quarto de bebê”, acrescenta Mabel. A reforma durou cerca de um mês com investimento aproximado de R$ 7,2 mil.

Terraço Gourmet

Dar vida e uso ao terraço de uma cobertura no Ecoville foi o norte do projeto de reforma assinado pela arquiteta Vânia Toledo Martins. Completamente aberta e desocupada, após a obra a área se transformou em um dos principais espaços sociais do imóvel.

Fotos dos ambientes de uma reforma em um terraço Gourmet para a matéria de capa da Revista HAUS. Local: Rua Francisco Juglair, 298, ap 801A – Ecoville.

Para isso, o primeiro passo foi a instalação de uma cobertura com estrutura metálica e vidro, que permite o uso da área independentemente das questões climáticas. “O fechamento foi feito dentro das normas do condomínio. Como o vidro esquenta muito, o mantivemos ‘aberto’até onde aparece na estrutura do prédio e forramos com palha a metade de ‘dentro’ para que ali não virasse uma espécie de estufa”, detalha Vânia.

 

À frente da pia e da churrasqueira, a arquiteta instalou uma ilha com cooktop que transformou o espaço em uma espécie de cozinha gourmet. Na bancada, são quatro lugares para refeições, complementados por outros oito à mesa.

Foto Fernando Zequinão

Duas cristaleiras e uma geladeira antiga na cor vermelha trazem personalidade ao espaço, inspirado no estilo londrino. A cor também aparece no gradil desenhado exclusivamente para o projeto, que reduz a abertura do vão da antiga porta e delimita a área do terraço e da sala de TV, vizinha do espaço, sem que integração entre ambas seja perdida.

“O terraço ainda conta com uma parte descoberta [atrás da churrasqueira], onde instalamos em deque em madeira e uma lareira’, acrescenta Vânia. A reforma durou cerca de dois meses e teve um orçamento de R$ 130 mil e média.

[Ver publicação original clicando aqui!]

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